A busca de uma solução para corrigir o mau alinhamento entre implantes e a consequente emergência desfavorável dos parafusos protéticos, tanto do ponto de vista estético como estrutural, é antiga, cheia de dificuldades e de soluções deficitárias: pilares angulados de várias naturezas e filosofias, chaves boleadas para aparafusamento angulado, carinhosamente denominados na odontologia de “sistemas dinâmicos”, além de outras técnicas mais complexas, são algumas que posso citar.
O uso de pilares angulados sempre me trouxeram dificuldades para a resolução dos desafios protéticos da rotina clínica: o grau de angulação pré-determinado pelos fabricantes (figura 01), somado a limitação de vetores de orientação vinculado aos polígonos indexadores de cada implante e pilar limitavam consideravelmente meus recursos do ponto de vista estético (figura 02), especialmente em casos de mucosa delgada, com exposição do bojo de angulação destes pilares arrasando a estética do caso (figura 03), quando poucos graus de correção seriam suficientes para evitar uma emergência vestibular numa área estética, porém as angulações disponíveis em catálogo, invertiam de vestibular para lingual-palatino extremo meu desafio protético; as fragilidades mecânicas inerentes aos projetos e usinagem destes pilares causaram inúmeros problemas de igual natureza, quando não mais graves, com fraturas e deformidades em decorrência das forças mastigatórias sobre o sistema (figura 04).
A substituição dos pilares fraturados nunca foi algo simples e com a nítida sensação de apenas iniciar novo ciclo até a recidiva do mesmo problema.
O uso do antigo e consagrado recurso da mecânica de chaves boleadas para o aparafusamento angulado de um corpo, que chamaremos de sistemas dinâmicos, precedeu aos pilares angulados. Porém, devido às dimensões reduzidas do ambiente dentário contrapondo as extremas forças mastigatórias aplicadas ao sistema, torna imprescindível o efetivo apertamento ou pré-carga dos parafusos protéticos para assegurar o mínimo de garantia a estabilidade das próteses; quando no uso das chaves dinâmicas, o profissional era (e é) assombrado frequentemente pelo pior dos pesadelos de um protesista: o espanamento do parafuso que aprisiona a prótese a qualquer momento do tratamento. Desta forma, tendo passado inúmeras vezes por este indesejado incidente, a opção de sistemas dinâmicos sempre era preterida na minha rotina, lançando mão de pilares angulados, a despeito das limitações citadas.
Com o propósito de apagar este trauma que carrego por várias experiências desastrosas vividas nestes longos anos de profissão é que me dirigi a prancheta e me dediquei para aportar a nossa classe uma solução confiável e acessível, tão desejada no meu relato; estudo, experiência, a consciência das melhorias necessárias (figura 05) somados a ensaios de simulação virtual, ensaios mecânicos normatizados (figura 06) e expertise na usinagem de ultraprecisão, levaram ao produto que a LockFit lhes apresenta como inovação, o “sistema dinâmico pentagonal LockFit com hierarquia de fratura controlada”, que propicia o aparafusamento angulado sem risco de espanamento do parafuso protético.
A segurança que esta inovação traz no conceito patenteado da “chave dinâmica pentagonal LockFit” abre um novo horizonte na rotina protética da classe odontológica: O preciosismo da emergência ideal dos parafusos protéticos como rotina, não mais como uma exceção ou golpe de sorte (figura 07).
Divido assim aquilo que sempre desejei como colega, com a segurança sempre sonhada.
Att, Roberto Cauduro.